10 mitos, que muitos religiosos, acreditam sobre Ateísmo.
10
mitos, que muitos religiosos, acreditam sobre Ateísmo. Não usarei o
termo "ateu", porquê, ser ateu, é simplesmente não acreditar em seres
sobrenaturais. As demais atitudes, é individual de cada um, pode existir
como exemplo, ateus que não apoiam a lei do aborto outros ateus que
aprovam a lei, e por ai, vai. Como disse, o que todo ateu tem em comum, é
simplesmente o fato, de não acreditar em deus ou deuses. Vamos aos
mitos. 1) Ateus acreditam que a vida não tem sentido.
Pelo
contrário: são os religiosos que se preocupam frequentemente com a falta
de sentido na vida e imaginam que ela só pode ser redimida pela
promessa da felicidade eterna além da vida. Ateus tendem a ser bastante
seguros quanto ao valor da vida. A vida é imbuída de sentido ao ser
vivida de modo real e completo. Nossas relações com aqueles que amamos
têm sentido agora; não precisam durar para sempre para tê-lo. Ateus
tendem a achar que este medo da insignificância é… bem… insignificante.
2) Ateus são responsáveis pelos maiores crimes da história da humanidade.
Pessoas de fé geralmente alegam que os crimes de Stalin, Mao e Pol Pot
foram produtos inevitáveis da descrença. O problema com o fascismo e o
comunismo, entretanto, não é que eles eram críticos demais da religião; o
problema é que eles eram muito parecidos com religiões. Tais regimes
eram dogmáticos ao extremo e geralmente originam cultos a personalidades
que são indistinguíveis da adoração religiosa. Auschwitz, o gulag e os
campos de extermínio não são exemplos do que acontece quando humanos
rejeitam os dogmas religiosos; são exemplos de dogmas políticos, raciais
e nacionalistas andando à solta. Não houve nenhuma sociedade na
história humana que tenha sofrido porque seu povo ficou racional demais.
3) Ateus são dogmáticos.
Judeus, cristãos e muçulmanos afirmam que suas escrituras eram tão
prescientes das necessidades humanas que só poderiam ter sido
registradas sob orientação de uma divindade onisciente. Um ateu é
simplesmente uma pessoa que considerou esta afirmação, leu os livros e
descobriu que ela é ridícula. Não é preciso ter fé ou ser dogmático para
rejeitar crenças religiosas infundadas. Como disse o historiador
Stephen Henry Roberts (1901-71) uma vez: “Afirmo que ambos somos ateus.
Apenas acredito num deus a menos que você. Quando você entender por que
rejeita todos os outros deuses possíveis, entenderá por que rejeito o
seu”.
4) Ateus acham que tudo no universo surgiu por acaso.
Ninguém sabe como ou por que o universo surgiu. Aliás, não está
inteiramente claro se nós podemos falar coerentemente sobre o “começo”
ou “criação” do universo, pois essas ideias invocam o conceito de tempo,
e estamos falando sobre o surgimento do próprio espaço-tempo.
A
noção de que os ateus acreditam que tudo tenha surgido por acaso é
também usada como crítica à teoria da evolução darwiniana. Como Richard
Dawkins explica em seu maravilhoso livro, “Deus, um Delírio”, isto
representa uma grande falta de entendimento da teoria evolutiva. Apesar
de não sabermos precisamente como os processos químicos da Terra jovem
originaram a biologia, sabemos que a diversidade e a complexidade que
vemos no mundo vivo não é um produto do mero acaso. Evolução é a
combinação de mutações aleatórias e da seleção natural. Darwin chegou ao
termo “seleção natural” em analogia ao termo “seleção artificial”
usadas por criadores de gado. Em ambos os casos, seleção demonstra um
efeito altamente não-aleatório no desenvolvimento de quaisquer espécies.
5) Ateísmo não tem conexão com a ciência.
Apesar de ser possível ser um cientista e ainda acreditar em Deus —
alguns cientistas parecem conseguir isto —, não há dúvida alguma de que
um envolvimento com o pensamento científico tende a corroer, e não a
sustentar, a fé. Tomando a população americana como exemplo: A maioria
das pesquisas mostra que cerca de 90% do público geral acreditam em um
Deus pessoal; entretanto, 93% dos membros da Academia Nacional de
Ciências não acreditam. Isto sugere que há poucos modos de pensamento
menos apropriados para a fé religiosa do que a ciência.
6) Ateus são arrogantes.
Quando os cientistas não sabem alguma coisa — como por que o universo
veio a existir ou como a primeira molécula autorreplicante se formou —,
eles admitem. Na ciência, fingir saber coisas que não se sabe é uma
falha muito grave. Mas isso é o sangue vital da religião. Uma das
ironias monumentais do discurso religioso pode ser encontrado com
frequência em como as pessoas de fé se vangloriam sobre sua humildade,
enquanto alegam saber de fatos sobre cosmologia, química e biologia que
nenhum cientista conhece. Quando consideram questões sobre a natureza do
cosmos, ateus tendem a buscar suas opiniões na ciência. Isso não é
arrogância. É honestidade intelectual.
7) Ateus são fechados para a experiência espiritual.
Nada impede um ateu de experimentar o amor, o êxtase, o arrebatamento e
o temor; ateus podem valorizar estas experiências e buscá-las
regularmente. O que os ateus não tendem a fazer são afirmações
injustificadas (e injustificáveis) sobre a natureza da realidade com
base em tais experiências. Não há dúvida de que alguns cristãos mudaram
suas vidas para melhor ao ler a Bíblia e rezar para Jesus. O que isso
prova? Que certas disciplinas de atenção e códigos de conduta podem ter
um efeito profundo na mente humana. Tais experiências provam que Jesus é
o único salvador da humanidade? Nem mesmo remotamente — porque hindus,
budistas, muçulmanos e até mesmo ateus vivenciam experiências similares
regularmente.
Não há, na verdade, um único cristão na Terra que
possa estar certo de que Jesus sequer usava uma barba, muito menos de
que ele nasceu de uma virgem ou ressuscitou dos mortos. Este não é o
tipo de alegação que experiências espirituais possam provar.
8) Ateus acreditam que não há nada além da vida e do conhecimento humano.
Ateus são livres para admitir os limites do conhecimento humano de uma
maneira que nem os religiosos podem. É óbvio que nós não entendemos
completamente o universo; mas é ainda mais óbvio que nem a Bíblia e nem o
Corão demonstram o melhor conhecimento dele. Nós não sabemos se há vida
complexa em algum outro lugar do cosmos, mas pode haver. E, se há, tais
seres podem ter desenvolvido um conhecimento das leis naturais que
vastamente excede o nosso. Ateus podem livremente imaginar tais
possibilidades. Eles também podem admitir que se extraterrestres
brilhantes existirem, o conteúdo da Bíblia e do Corão lhes será menos
impressionante do que são para os humanos ateus.
Do ponto de vista
ateu, as religiões do mundo banalizam completamente a real beleza e
imensidão do universo. Não é preciso aceitar nada com base em provas
insuficientes para fazer tal observação.
9) Ateus ignoram o fato de que as religiões são extremamente benéficas para a sociedade.
Aqueles que enfatizam os bons efeitos da religião nunca parecem
perceber que tais efeitos falham em demonstrar a verdade de qualquer
doutrina religiosa. É por isso que temos termos como “wishful thinking” e
“auto-enganação”. Há uma profunda diferença entre uma ilusão
consoladora e a verdade.
De qualquer maneira, os bons efeitos da
religião podem ser certamente questionados. Na maioria das vezes, parece
que as religiões dão péssimos motivos para se agir bem, quando temos
bons motivos atualmente disponíveis. Pergunte a si mesmo: o que é mais
moral? Ajudar os pobres por se preocupar com seus sofrimentos, ou
ajudá-los porque acha que o criador do universo quer que você o faça e o
recompensará por fazê-lo ou o punirá por não fazê-lo?
10) Ateísmo não fornece nenhuma base para a moralidade.
Se uma pessoa ainda não entendeu que a crueldade é errada, não
descobrirá isso lendo a Bíblia ou o Corão — já que esses livros
transbordam de celebrações da crueldade, tanto humana quanto divina. Não
tiramos nossa moralidade da religião. Decidimos o que é bom recorrendo a
intuições morais que são (até certo ponto) embutidas em nós e refinadas
por milhares de anos de reflexão sobre as causas e possibilidades da
felicidade humana.
Nós fizemos um progresso moral considerável ao
longo dos anos, e não fizemos esse progresso lendo a Bíblia ou o Corão
mais atentamente. Ambos os livros aceitam a prática de escravidão — e
ainda assim seres humanos civilizados agora reconhecem que escravidão é
uma abominação. Tudo que há de bom nas escrituras — como a regra de
ouro, por exemplo — pode ser apreciado por seu valor ético, sem a crença
de que isso nos tenha sido transmitido pelo criador do universo. Colaboração: Tia Sil Costa
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