O
coronel Marcos Chaves, do Comando de Policiamento da Capital, disse que
os boatos se intensificaram durante a tarde. "Ficou um pandemônio",
disse. Até no bairro onde ele mora houve boato de toque de recolher.
"Mandamos as viaturas checarem, mas nenhum caso era verídico", garantiu o
oficial.
De
acordo com o coronel, a partir da semana que vem a polícia vai
desencadear uma série de operações contra crimes como tráfico de drogas,
roubo e homicídio. "Estamos fazendo um planejamento diferenciado para
colocar em prática depois das eleições", informou.
Antes,
a polícia havia atribuído o pânico a boatos da imprensa. "É a imprensa
que fica criando pânico na população, sem apurar nem confirmar os
fatos", disse o capitão Rodrigo Cabral, da assessoria de comunicação da
Polícia Militar, por volta das 18h.
No
mesmo horário, comerciantes da Avenida dos Remédios, na zona oeste
paulistana, fechavam os estabelecimentos uma hora antes do normal. "Os
seguranças da rua vieram pedir para as funcionárias fecharem a loja
porque ficaram sabendo do boato. E elas fecharam, assim como as lojas
vizinhas", relata Lucélia Muniz, dona de um café no local. Segundo ela, a
movimentação nos arredores estava normal, mas o trânsito de
helicópteros chamava a atenção.
Estatísticas
divulgadas anteontem pelo governo mostram que o número de homicídios na
capital cresceu 96% em setembro deste ano, em comparação com o mesmo
período de 2011. No Estado, a alta foi de 26,6% comparando os mesmos
meses. Os casos de latrocínio (roubo seguido de morte) também dispararam
- houve 225% mais casos na capital neste ano. As informações são do
jornal O Estado de S. Paulo.
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