
 Tatiana Rappoport, doutora em física e 
pesquisadora explicou o que é, para que serve e porque o grafeno vai 
mudar os rumos da alta tecnologia.
Tatiana Rappoport, doutora em física e 
pesquisadora explicou o que é, para que serve e porque o grafeno vai 
mudar os rumos da alta tecnologia.
Não é novidade que a ciência está em uma constante busca para 
descobrir como diminuir o consumo de energia e aumentar a velocidade de 
processamento dos dispositivos que usamos.
Tatiana Rappoport, doutora em física e pesquisadora da UFRJ, falou 
sobre isso em sua palestra na Campus Party, nesta quarta-feira, 19. Em 
especial sobre o grafeno, alvo de algumas de suas pesquisas.
O grafeno é a lâmina mais fina que se pode obter a partir do grafite.
 Foi descoberto em 2002 por Andre Geim e P. Kim. Os dois cientistas 
trabalhavam em outras pesquisas que não tinham tanto a ver com o 
material que os tornaria famosos, como levitação de sapos e morangos.
Andre chegou a ganhar o prêmio IgNobel, o prêmio Nobel das pesquisas científicas irrelevantes. 
Na verdade, estas duas últimas pesquisas faziam parte de um projeto maior que era a magnetização da água, que quando exposta a um campo magnético muito forte, adquire propriedades diamagnéticas, ou seja, magnetismo passivo.
Tatiana explicou que o derivado do grafite é um semicondutor. Na prática, isso quer dizer que os elétrons que passam pelo grafeno podem ser “desligados e ligados”. Desligar e ligar um condutor equivale à base dos processadores de dados, onde o funcionamento é dado por zero e um, sim e não, ligado e desligado.
Na verdade, estas duas últimas pesquisas faziam parte de um projeto maior que era a magnetização da água, que quando exposta a um campo magnético muito forte, adquire propriedades diamagnéticas, ou seja, magnetismo passivo.
Tatiana explicou que o derivado do grafite é um semicondutor. Na prática, isso quer dizer que os elétrons que passam pelo grafeno podem ser “desligados e ligados”. Desligar e ligar um condutor equivale à base dos processadores de dados, onde o funcionamento é dado por zero e um, sim e não, ligado e desligado.
O feito incrível do grafeno é sua alta condutividade. Para se ter uma
 idéia de quão rápido os átomos passam pelo material, tenha em mente que
 o silício, material mais usado atualmente para produção de condutores e
 semicondutores, pode gerar frequências de até 20 GHz. O grafeno alcança
 velocidades superiores a 200 GHz, podendo chegar a até 1 THz.
Isto acontece porque os elétrons se comportam como se não tivessem 
massa, assim como os neutrinos, que são partículas subatômicas e que, 
por não possuírem massa, atravessam tudo o que encontram pela frente. A 
diferença entre os dois é que os neutrinos viajam na velocidade da luz.
Além de veloz, o grafeno é também durável: outras propriedades 
encontradas no produto como maleabilidade, transparência e espessura 
(uma lâmina possui um nanômetro) fazem do grafeno o próximo passo para a
 evolução dos eletrônicos.
A Samsung já pesquisa seu uso em produtos que devem chegar ao 
consumidor final dentro de 5 anos. Os primeiros aparelhos a receberem o 
novo semicondutor devem ser aqueles que necessitam de toque para 
funcionar, como telas touchscreen. Outros usos incluem televisores LCD e
 placas de energia solar.
Confira no vídeo uma demonstração do grafeno numa tela touchscreen:
 
 
 
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