segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

10 coisas estúpidas que você faz no médico


Por mais que tente, a ginecologista Lissa Rankin jamais se esquecerá de uma paciente que planejou seu casamento enquanto estava deitada nua em sua mesa de exames. “A cada 15 segundos, o celular dela tocava e ela o atendia!”, lembra Rankin. “Era sempre ‘esse não é o bolo eu pedi’ e ‘não, o vestido é outro’ até que eu me enchi e lhe perguntei ‘desculpa, você está muito ocupada? Devo voltar mais tarde?’”, conta.
A noiva pode ter resolvido alguns pepinos para o casamento, mas ela estava principalmente sabotando seu próprio tratamento – e se tratava de uma visita muito importante, pois ela havia recém engravidado. Além de atender o telefone celular na sala de exames, esquecer quais medicamentos você toma e mentir para seu médico sobre seus hábitos pessoais de saúde são outras formas de comprometer sua saúde.

Diversos profissionais da saúde foram consultados para a elaboração da lista a seguir. Confira, de acordo com um ginecologista, um cardiologista, um especialista em medicina de reabilitação, uma médica de fertilidade e um especialista em medicina interna, quais são as 10 coisas que você, paciente, faz na hora da consulta e que podem prejudicar sua própria saúde.
1 – FALAR NO CELULAR
O assunto agora é a sua saúde. Outras chamadas podem esperar. Desligue-o. Você não quer virar piada como a paciente da dra. Lissa, certo?
2 – MENTIR
A própria ginecologista dá a dica: “Eu preciso te tratar da melhor maneira que eu puder. Por isso, se você é gay, diga-me. Se você bebe uma garrafa de tequila toda noite, eu preciso saber. Se você está tendo um caso e não usar preservativo, me conte”, adverte. “Prometo que não vou te julgar”.
3 – NÃO SABER DESCREVER SUA DOR
É súbita ou constante? É formigação ou queimação? As respostas ajudam seu médico a fazer o diagnóstico correto. Mas nem sempre você consegue fazer isso direito. “Você deve descrever a localização exata, quão intensa era a dor, o que provocou isso e quanto tempo durou”, ressalta Nieca Goldberg, diretor do Programa Coração da Mulher, da Universidade de Nova York, EUA.
“Durante a semana anterior à sua consulta, mantenha um diário de suas dores e seus outros sintomas”, aconselha o Loren Fishman, professor clínicode medicina de reabilitação na Universidade de Columbia. Ele sugere utilizar este tempo também para refletir sobre as perguntas que você quer perguntar ao seu médico.
4 – NÃO FALAR TODAS AS RAZÕES PARA SUA VISITA
Se sua orelha dói, o joelho fica exposto quando você corre e você tem um terçol no olho, diga tudo para que o seu médico possa programar a sua visita de forma eficiente, aconselha o Dr. Howard Beckman, um internista e clínicos professor de medicina na Universidade de Rochester.
5 – NÃO DEIXAR CLARO SUAS EXPECTATIVAS SOBRE A CONSULTA
Se você tem certas esperanças ou expectativas – que o médico retire uma pinta ou receite alguns antibióticos para sua orelha prejudicada – diga-lhe isso. Ele poderá, então, te explicar se suas expectativas são realistas e se você sairá do consultório mais feliz e informado.
“De vez em quando os pacientes estão fora da realidade, como a mulher de 44 anos que pretende engravidar em apenas uma tentativa de fertilização in vitro”, exemplifica Jamie Grifo, diretor do Centro de Fertilidade da Universidade de New York. “Se eles não me falam suas expectativas, então eu não tenho como resolvê-las”.
6 – NÃO SABER QUAIS MEDICAMENTOS ESTÁ TOMANDO
A recomendação aqui é bem direta: “Os pacientes devem trazer uma lista de medicamentos que estão tomando. Não o que eles acreditam que deveriam tomar ou o que eles pensam que eu gostaria que eles tomassem”, aconselha Beckman.
Se você toma suplementos, Rankin sugere que você os leve à consulta. Uma vez que eles não são padronizados como os remédios prescritos, seu médico vai querer ver todos os ingredientes contidos.
7 – NÃO FAZER PERGUNTAS E IR EMBORA PREOCUPADO
Se você ainda possui uma pergunta na cabeça, faça-a, mesmo que você ache que o médico esteja com pressa. Se você está preocupado que sua dor de cabeça possa ser um tumor cerebral, exponha sua dúvida mesmo que soe como um hipocondríaco.
8 – NÃO LEVAR SEUS REGISTROS MÉDICOS OU EXAMES COM VOCÊ
Claro que hoje em dia temos máquinas de fax e computadores interligados para enviar os registros médicos para lá e para cá. Porém, sabemos que a tecnologia às vezes falha. Por isso, a menos que você tenha absoluta certeza de que seu médico já possui seus registros e exames, leve cópias à consulta.
9 – TER MEDO DE DISCORDAR DO MÉDICO
Se seu médico diz que você precisa tomar um antidepressivo e você discorda, confronte-o em vez de balançar a cabeça, pegar a receita e jogá-la fora no minuto em que sair do consultório. Ou se o médico te prescreve uma medicação que você não pode pagar, é só dizer.
“Eu sei que muitos de vocês estão programados a não questionar o médico, mas nós não conseguimos ler a sua mente, por isso precisamos que você se comunique”, explica Rankin. “Se você não concorda com o plano de tratamento que eu sugeri e está pensando em não segui-lo, me avise de cara, senão estamos nós dois perdendo nosso tempo”.
10 – NÃO RESPEITAR O TRATAMENTO
De acordo com os médicos consultados, este é tópico é o mais básico de todos. Se você seguisse todos os conselhos acima, você teria um plano de tratamento que faz sentido para você e que você é capaz de executar.
“Por favor, siga com o tratamento e faça o que você concordou em fazer”, pede Rankin. “E se você não fizer isso, por favor me diga, senão eu presumo que o tratamento tenha falhado. Eu não vou brigar com você. Eu só preciso saber”.[CNN]

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