sábado, 22 de dezembro de 2012

A cada três dias uma espécie nova é descoberta na Amazônia


A maior floresta tropical remanescente no mundo só tem melhorado a sua reputação em questão de biodiversidade: segundo um relatório do grupo de conservação WWF, a cada três dias, uma nova espécie foi descoberta na Amazônia – isso durante uma década.

O relatório foi lançado na conferência da ONU sobre Diversidade Biológica, no Japão. Representantes dos governos de todo o mundo estão reunidos para discutir novas metas para conter a perda de biodiversidade a nível mundial, na sequência do fracasso global para cumprir as metas estabelecidas para 2010.
O objetivo do relatório era fazer com que as pessoas se animassem com as maravilhas da Amazônia, e percebessem que ela merece ser um dos focos dos esforços de conservação.
A Amazônia é uma vasta região com mais de 6.700.000 quilômetros quadrados de 600 diferentes tipos de habitats terrestres e água doce que se estendem pelo Brasil, Bolívia, Peru, Equador, Colômbia, Venezuela, Guiana, Suriname e Guiana Francesa.
Ela é também o lar de uma em cada dez espécies terrestres conhecidas no planeta, e muitas das quais não são encontradas em nenhum outro lugar da Terra.
Entre 1999 e 2009, os cientistas catalogaram mais de 1.200 novas espécies de plantas e animais na Amazônia, incluindo uma anaconda de quatro metros, um papagaio careca dos tons do arco-íris e um pequeno bagre vermelho cego.
A WWF está trabalhando ao lado de todos os países que englobam a região. Embora a Amazônia tenha permanecido em grande parte intocada pelo homem durante séculos, apenas nos últimos 50 anos mais de 17% de suas árvores foram derrubadas, principalmente pela agricultura. Cerca de 80% das áreas desmatadas são ocupadas por pastagens de gado.
No entanto, alguns governos da região têm feito grandes progressos na criação de áreas protegidas. No Brasil, as taxas de desmatamento do ano passado foram as menores já registradas. Os cientistas alertam, entretanto, que a crise econômica pode ter sido em parte responsável por essa redução.
A Amazônia também provê necessidades básicas e meios de subsistência para cerca de 30 milhões de pessoas na América do Sul, porém sua importância não é vital só para esse continente, mas para todas as pessoas do globo.
Segundo o relatório, o mundo inteiro deve ter um interesse na sobrevivência da floresta. As plantas e árvores da região armazenam entre 90 e 140 bilhões de toneladas de carbono. Sem elas, o aumento dos gases de efeito estufa na atmosfera acelerará significativamente o aquecimento global. [LiveScience]

Nenhum comentário:

Postar um comentário