quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Luminária usa fonte incomum de energia: a gravidade


Quando se pensa em luz onde não há energia elétrica, uma das imagens que vem à mente de quem já passou por isto é um lampião de querosene. Para muita gente na África e Índia, esta ainda é uma realidade – luz fraca, funcionando com um combustível bastante poluente.
Além disso, segundo o Banco Mundial, os usuários deste tipo de luz inalam o equivalente a dois maços de cigarro por dia, além de sofrer de infecções e cataratas. Sem falar no perigo real de queimaduras.

Uma possível solução seria a adoção de painéis solares; só que os painéis só produzem energia durante o dia, obrigando o uso de baterias para acumular esta energia durante a produção, para o consumo à noite. Além disso, painel solar e baterias são caros, colocando esta solução além do alcance de muita gente.
Pensando nisto, os projetistas britânicos Martin Riddiford e Jim Reeves inventaram uma lâmpada bastante engenhosa, que funciona da mesma forma que os antigos relógios de parede: um peso que movimenta o mecanismo pela ação da gravidade.
A GravityLight é a lâmpada criada pela dupla, e funciona com um peso que se movimenta um dínamo. Não tem baterias para serem descartadas ou substituídas; ele precisa apenas que alguém levante o peso de cerca de 9 kg a cada meia hora.
Além de acender uma lâmpada, a GravityLight tem terminais à mão, podendo ser utilizada, por exemplo, para recarregar um celular. A um custo provável inferior a US$ 10,00 (cerca de R$ 20,00), a GravityLight se pagaria em três meses de economia de querosene.
Os próximos planos da dupla envolvem a construção e distribuição na Índia e África de 1.000 destas lâmpadas, e uma pesquisa para ver se as mesmas atendem bem as necessidades dos usuários. Com os dados desta pesquisa, eles pretendem criar uma versão mais eficiente.
A nova versão da lâmpada seria distribuída por ONGs e parceiros. O objetivo é fazer com que o custo de produção seja inferior a US$ 5,00.
Para custear a produção da lâmpada, a dupla quer investir no “financiamento coletivo”, uma campanha de financiamento no Indiegogo que terminaria dia 15 de janeiro de 2013. O objetivo inicial de obter US$ 55.000 (cerca de R$ 110.000,00) para a manufatura das primeiras 1.000 unidades já foi suplantado, mas a campanha continuou. [PopSci]

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